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terça-feira, dezembro 06, 2005

Governo “ilegaliza” acidentes de viação!

O governo acaba de tornar ilegais os acidentes de viação em todo o território nacional excepto a região autónoma da Madeira.

Afirma Alberto Costa Ministro da Administração Interna “Uma situação desta gravidade exige medidas drásticas como esta que agora tomamos,” afirmou à saída do seu banho diário de lexívia, acrescentando ainda que “Os tempos em que os condutores portugueses podiam andar por aí a estampar-se uns contra os outros livremente e a gastar o dinheiro dos contribuintes em gasóleo das ambulância e tratamentos médicos já acabaram.” Assim, a partir de agora, qualquer cidadão que se veja envolvido num acidente de viação, seja culpado ou não, arrisca-se a cumprir uma pena de prisão entre cinco e doze anos, existindo a possibilidade de um agravamento da pena, para quem tenha o descaramento de perder a vida num acidente. “Era só o que faltava,” considera o ministro da tutela, “como se não bastasse a vergonha de vermos o nosso país no top mundial da insegurança nas estradas, ainda temos de passar pelo embaraço acrescido de vivermos num dos países onde morrem mais pessoas nas estradas por ano.”

De facto, segundo estatísticas compiladas por organismos internacionais, nas auto-estradas, itinerários complementares e principais, estradas nacionais e secundárias, atalhos, carreiros e caminhos de cabras, morrem mais pessoas por ano do que, por exemplo, nas estradas do Ruanda e do Burundi, dois países africanos atingidos recentemente por conflitos gravíssimos e nos quais a maior parte das estradas se encontra pejada de minas. Com a medida agora tomada, o governo espera que a situação melhore e que Portugal passe a ter uma sinistralidade rodoviária a par da que se regista em países mais próximos em todos os aspectos do nosso como a Líbia, o Vietname ou a Nicarágua.

A partir de agora, todos os que desejarem recrear-se ao volante do seu automóvel sem correr o risco de cometer uma ilegalidade deverão deslocar-se até ao arquipélago da Madeira, dando assim sentido à expressão "Já chegámos à Madeira, ò cabrão boi da merda!?" ouvida sempre que alguém executa uma manobra perigosa ou desastrada.