Campanha "Venha dar um bocado dessa coisa vermelha e receba uma sande d’coirato 3X7 21"

A campanha “Venha dar um bocado dessa coisa vermelha e receba uma sande d’coirato 3X7 21!” organizada pelo Gabinete de Relações Públicas e Protocolo, foi um fiasco tremendo, pelo facto de ninguém ter comparecido, como previsto para proceder à doação nos Paços do Concelho aqui da urbe.

O Presidente das Couves ficou espantado e afirmou; “Já se está a tornar um habito com a breca, mas eu não entendo, gastámos 15000 euros nesta actividade promocional, contratámos o que de melhor me foi proposto, uma fantástica equipa formada por três arrumadores, duas raparigas da vida e oito toxicodependentes... era uma campanha de estouro pelo menos no papel ou seria guardanapo, esta agora?!!...” e continua “...esta equipa já tinha provas dadas no Monsanto, na Meia Laranja, na Quinta do Mocho e na última campanha de Santana Lopes.”

Segundo apurámos, o fracasso da campanha deveu-se ao facto de a recolha de sangue dos doadores ser efectuada com recurso a métodos pouco ortodoxos, nomeadamente, por mordedura com os caninos superiores na veia jugular dos interessados em participar.
O sangue recolhido destinava-se a contribuir para o bem-estar dos funcionários da Presidência e seria sugado directamente das vítimas pelos próprios.

O Presidente reconhece que os métodos de recolha poderão não ser muito habituais em Portugal mas que são bastante comuns no seu concelho, e adianta; "Não podemos deixar que o obscurantismo e a superstição nos impeçam de ajudar aqueles nossos irmãos que necessitam," preparando-se para dormir uma sesta no seu caixão antes que o Sol nascesse.

Há já algum tempo que a Câmara da Odilândia tem sido alvo de atenções especiais pela peculiaridade dos seus funcionários, recorde-se o Salvador do Gado a Morcegona, o Atum General, o Pinga Calças, o Coça Tomates, a Chefona, o Sr. Bandido, a Branquinha, Lambreta, Tapawere, Grace, Freddy, Arcanjo, o Topo Gigio, o Dentuças, o só Eu Sei porque Não Fico Em Casa, o Pépé Rápido, entre outros.

O Presidente não consegue explicar a razão da estranheza exacerbada, remetendo-a para o campo da superstição irracional infundada.
"As pessoas têm uma ideia errada dos meus funcionários mais próximos, têm por vezes dificuldade em compreender as classes altas, os aristocratas excêntricos com aspecto cadavérico que vivem de noite, dormem de dia e se alimentam de sangue. É uma estupidez!” e adianta já algo apressado “Já está é a ficar cedo, são quase 6 horas da manhã, tenho que me recolher e juntar-me ao meu staf que se encontra já a dormir, no entanto deixaram para si os seus testemunhos escritos, presos à tampa dos respectivos caixões!”

E assim se enfiou no seu bonito caixão e mais não disse!